Escola: CEF 07 de Ceilândia - Rede Pública
Atividade Exercida: Professor de Libras em classes bilíngues para surdos
Atividade Exercida: Professor de Libras em classes bilíngues para surdos
1 – Fale sobre a sua formação acadêmica:
Thomas possuí formação em Letras/inglês – Gosta de ler e escrever, por
isso escolheu fazer esse curso, e não só para trabalhar com gramática e
literatura no ensino fundamental. Pensou na possibilidade das técnicas
de interpretação de texto e conhecimentos gramaticais serem favoráveis
em provas de demais concursos em que pretendia pleitear uma vaga.
Contudo, tais interesses denotam competências linguísticas básicas que
devem estar presentes em todas as profissões. Principalmente em sala de
aula, onde por fim, faz valer sua graduação como professor.
2- O que fez você escolher a profissão de docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental?
Talvez pelo sentimento de vocação desde pequeno ou mesmo por ser um dos
caminhos menos tortuosos a se chegar ao cargo público, porém, a
permanência na profissão vem acompanhada de paixão. Não só pude
desenvolver minhas ideias como encontrei um ambiente fantástico, onde
pude colocar em prática meu objetivo de ajudar as pessoas na concepção
mais ampla da palavra educação.
3
– A sua formação no curso superior de Letras foi suficiente para que
pudesse desenvolver um trabalho docente seguro e de qualidade junto aos
seus alunos? Explique.
Sim! Pois deve haver uma metodologia, um prévio conhecimento do que vai ser aplicado em sala (conteúdo), para quem (aluno com alguma especificidade), e como (alfabetização). E essa preparação dá-se pela educação superior, com professores especialistas, mestres, ou doutores, com vasta experiência e prática pedagógica. Ensinar não pode ser algo solto, que o professor entra em sala e aplica o que bem entender, ou achar que seja melhor para aquela classe ou cultura ali inserida. O professor deve ter conhecimento cientifico de autores educacionais e filósofos, para saber lhe dar com alguns tipos de situações que nem sempre vêm com a prática. Não é ter somente metodologia, é necessário também a didática.
Sim! Pois deve haver uma metodologia, um prévio conhecimento do que vai ser aplicado em sala (conteúdo), para quem (aluno com alguma especificidade), e como (alfabetização). E essa preparação dá-se pela educação superior, com professores especialistas, mestres, ou doutores, com vasta experiência e prática pedagógica. Ensinar não pode ser algo solto, que o professor entra em sala e aplica o que bem entender, ou achar que seja melhor para aquela classe ou cultura ali inserida. O professor deve ter conhecimento cientifico de autores educacionais e filósofos, para saber lhe dar com alguns tipos de situações que nem sempre vêm com a prática. Não é ter somente metodologia, é necessário também a didática.
4 – Quais são as suas maiores dificuldades profissionais?
O sistema de ensino é precário – de verba e principalmente de gestores e
funcionários (administrativo). Costumo dizer que o Brasil não é o país
da educação, pois não há políticas públicas decentes para melhorar a
estrutura escolar, modernização (como uso de tablets por exemplo),
investimento em cursos para os docentes etc. Há mais investimento para
uma copa do mundo que durará 1 ano que para educação de toda a vida. Não
é somente colocar um giz na mão do professor, que é um trabalhador
essencial para o desenvolvimento do país, e achar que isso é suficiente
para que ele possa prestar um trabalho de qualidade. É preciso que
tenhamos condições para trabalhar de forma confortável e empolgante. O
consenso é que a equação depende diretamente da qualidade das condições
salariais e de trabalho de quem tem sob sua responsabilidade ensinar a
ler, escrever, fazer contas e, mais que isso, contribuir para a formação
de cidadãos e de futuros profissionais. Nobre e estratégica em qualquer
projeto de nação, porém, a profissão é cada vez mais desprestigiada no
país e também a menos atrativa. E não faltam motivos para a carência
cada vez maior de mestres em sala de aula.
5 – Que nota você daria para o seu trabalho como docente e o que buscaria melhorar?
Nota 9. Primo na qualidade do ensino: conseguir ensinar de forma que os
alunos consigam aprender. Tento melhorar sempre a partir desse
princípio. Outro ponto é a didática – aprender a ensinar alunos
desestimulados, ter paciência com os mesmos, e analisar os pontos chave
para prender todos os alunos em minhas aulas. Outro fator importante
refere-se aos materiais usados em sala, por tratar-se de alunos surdos,
ainda devo melhorar no uso de mais imagens e cores (giz de cera, lápis
de cor, revistas), e modernizar o projetor, visto que a secretaria de
educação é precária o suficiente para investir na educação especial.
Escolhi entrevistar um intérprete de Libras, por ser a profissão que escolhi para exercer no meu futuro.
Por, Elaine Carvalho de Araújo
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